Politica

Oposição quer investigar repasses da Petrobras para Fundação Sarney na CPI

postado em 14/07/2009 18:37
Na tentativa de reforçar a imagem de caixa preta da Petrobras e pressionar o governo, a oposição apresentou nesta terça-feira na CPI da Petrobras requerimentos que envolvem além da estatal, o PT e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). São 22 pedidos de documentação da estatal e quatro de convocação, além de dois de convites de autoridades para prestarem esclarecimentos sobre denúncias feitas contra a Petrobras. Os oposicionistas decidiram pedir que a CPI investigue a denúncia de que a Fundação José Sarney desviou recursos de um patrocínio cultural da Petrobras. A oposição pede cópia de todas as prestações de contas de verbas recebidas da estatal pela Fundação Sarney. Os requerimentos solicitam ainda que os promotores João Guimarães Jr e José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo sejam convidados a falar sobre doações irregulares da estatal à Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop); ligada ao PT, e o empresário Boris Gorentzvaig, da Petroplastic, para falar sobre a incorporação da Petroquímica Triunfo à Braskem. Todos os pedidos serão votados pelo plenário da CPI após o recesso parlamentar que termina em agosto. Como o governo conta com ampla maioria, a expectativa é que sejam derrubados. A oposição quer cópia de toas as investigações do Ministério Público, Polícia Federal, Tribunal de Contas da União que tem a estatal como alvo. Também foram requisitadas as auditorias internas que analisam a movimentação financeira da empresa. A oposição defende a convocação dos empresários Valdir Lima Carreiro e Laudezir Carvalho Azevedo da Iesa Óleo e Gás; o gerente executivo de Comunicação Institucional da estatal, Wilson Santarosa; a secretária demissionária da Receita Federal, Lina Vieira; e do ex-gerente de Comunicação da área de abastecimento da Petrobras, Geovane Moraes. Segundo o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), autor do pedido de criação da CPI, técnicos vão utilizar o material para preparar um arsenal contra os governistas. "Só vamos impedir que o rolo compressor do governo atue se tivermos fatos concretos que desarmem os argumentos dos governistas. E sabemos que eles [fatos] existem", disse.

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