Politica

Tarso critica reforma eleitoral e rebate as acusações de Yeda

postado em 15/07/2009 10:14
Um dos formuladores do projeto de reforma política que foi engavetado no Congresso por falta de acordo, em junho, o ministro Tarso Genro (Justiça) criticou a reforma eleitoral aprovada na Câmara dos Deputados na semana passada. [SAIBAMAIS] Segundo Tarso, se o Legislativo tivesse trabalhado pela aprovação de seu projeto, a crise do Senado não seria política, mas ficaria restrita apenas às questões administrativas. Embora destaque pontos positivos no pacote, como o que regulamenta a divulgação de candidaturas na internet, o ministro da Justiça considerou a aprovação "provisória" e "puramente contingencial": "Não resolve as questões das representações políticas do país, que são muito mais dependentes de uma reforma do sistema político do que do sistema eleitoral". Para Tarso, as mudanças "aproveitam a experiência imediata" e não se reportam às questões "estruturais do sistema político". Para entrar em vigor nas eleições de 2010, o projeto precisa ser votado e aprovado pelo Senado até setembro. Senado Tarso também poupou o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), pela crise no Senado. "Se fosse feita uma reforma minimamente convincente naquele momento, o Parlamento não estaria hoje se debatendo com essas questões -questões, aliás, que não vêm do presidente Sarney: vêm do Império. Um sistema de poder que se formou de uma maneira aparentemente espontânea (...). A crise tem que ser superada com uma reforma política." É a primeira vez que o ministro da Justiça fala abertamente sobre as denúncias contra o presidente do Senado. Pré-candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso rebateu as críticas da governadora Yeda Crusius (PSDB). Ela acusa o ministro de usar a PF para sabotar o seu governo, que enfrenta uma série de denúncias de corrupção. "Se fosse assim, eu seria candidato em todos os Estados do país, pois a PF não para de trabalhar. Na verdade, isso revela um desconhecimento da governadora a respeito do mecanismo de funcionamento do Estado", finalizou o ministro.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação