Politica

Presidente do Conselho de Ética diz que opinião pública é "volúvel"

postado em 16/07/2009 14:06
Depois de ter sido acusado de fazer parte da tropa de choque do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), voltou a negar que vá favorecê-lo nas investigações por quebra de decoro. Ele afirmou ainda que só vai analisar as representações contra Sarney depois do recesso parlamentar, em agosto. [SAIBAMAIS] ;São cinco processos, por enquanto. Estão todos respeitosamente guardados e não analisarei nada agora;, disse Duque. O senador afirmou também não estar preocupado com a opinião pública diante de sua conduta na análise dos processos contra Sarney. ;A opinião pública é volúvel, flutua. A opinião pública é capaz de colocar 100 mil pessoas no Maracanã para ver a Madonna e o Roberto Carlos;, destacou. ;E vamos ser realistas: não estamos aqui para crucificar ninguém.; Duque chegou a ter a presidência do Conselho de Ética colocada em suspeição por um grupo de senadores. Entre eles, Cristovam Buarque (PDT-DF). ;O conselho deixou de ser ético quando o presidente Paulo Duque assumiu de público a defesa do senador Sarney;, afirmou o pedetista. Mesmo assim, Duque considerou normais as indicações políticas. ;Nada é bobagem em termos de nomeação. Nomeação política existe desde que o Brasil é Brasil;, ressaltou, acrescentando que o Senado não costuma punir seus integrantes. Ao lembrar que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que escapou da cassação de mandato em plenário, Duque perguntou: ;Me mostre uma medida prática que o Senado já tomou [em relação à quebra de decoro]? O senador Renan ganhou e ganhou bem.; Duque afirmou que vai respeitar o que manda o Regimento Interno da Casa. ;É difícil dizer se essa história terá ou não um final feliz.

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