postado em 17/07/2009 20:08
O novo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, toma posse na próxima quarta-feira. Gurgel é bem conhecido na Procuradoria, pois cuidava dos concursos de ingresso na carreira, uma função estratégica. Assim como Antonio Fernando de Souza, seu antecessor, ele é considerado educado, mas não tem o perfil "combativo", na opinião dos que queriam um procurador-geral que defendesse com firmeza a instituição.
A indicação de Gurgel foi aprovada na semana passada pelo Senado. Durante a sabatina na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça), Gurgel não enfrentou problemas com os parlamentares e disse que está disposto a ampliar o relacionamento com o Congresso.
"Darei prioridade para ampliação de espaços de interlocução institucional, em especial canais de interação com a atividade parlamentar, buscando identificar demandas e percepções de senadores e deputados, visando a contribuir com o aperfeiçoamento do processo legislativo e das atividades de controle", disse.
Na reunião, alguns senadores pressionaram para saber como seria o tratamento da PGR em relação às denúncias contra parlamentares. O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-CE) reclamou que há uma espetacularização pela imprensa das acusações com a ajuda do Ministério Público. Segundo o vice-procurador, o MP só atua quando tem motivo. "O Ministério Público só denuncia quando tem que denunciar. Só agimos quando somos provocados", afirmou.
Mais votado
O presidente Lula escolheu o vice-procurador Roberto Gurgel, respeitando a eleição realizada pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República). O nome de Gurgel foi escolhido por meio da lista tríplice --que continha os nomes dos três candidatos mais votados na eleição na ANPR. Também estavam na lista os subprocuradores Wagner Gonçalves e Ela Wiecko.