Politica

Onze dos 19 deputados "mensaleiros" pensam em voltar ao Congresso

postado em 26/07/2009 09:41
A intenção do petista Marcelo Sereno, dirigente do partido na época do mensalão, de realizar uma campanha milionária para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Rio de Janeiro, animou outros políticos, envolvidos no escândalo de corrupção, a pensar alto.

Dos 19 deputados que responderam a processo na Câmara por acusação de ter sido beneficiados pelo esquema de arrecadação ilegal do Partido dos Trabalhadores, sete conseguiram ser reeleitos em 2006. Quatro que receberam o cartão vermelho dos eleitores vão tentar retomar a vida política ano que vem.

No grupo que ficou conhecido como mensaleiros na Câmara, Professor Luizinho (PT-SP), João Magno (PT-MG), Josias Gomes (PT-BA) e Romeu Queiroz (PTB-MG) querem recuperar o privilégio de ter uma cadeira no Congresso. Luizinho, antigo líder do governo na Cãmara, acusado de lavagem de dinheiro, sequer conseguiu vaga na câmara municipal de Santo André, no ABC paulista. Mesmo assim, já disse a amigos que estuda sair candidato.

Magno e Gomes não conseguiram sair da suplência na última eleição e almejam recuperar os cargos e o prestígio. Magno e Luizinho terão de explicar aos eleitores os motivos que levaram o Supremo Tribunal Federal (STF) a considerá-los réus no processo. Gomes tem missão mais fácil. Apesar de supostamente ter sido beneficiado pelo esquema montado pelo publicitário Marcos Valério de Souza, ele sequer consta do processo do mensalão na Corte. Com a cara limpa na Justiça, pretende ganhar de novo a confiança do povo baiano.

O ex-deputado Romeu Queiroz (PTB) ficou descontente com o resultado da eleição de 2006, quando constou apenas como suplente. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter sido beneficiário de R$ 350 mil de saques feitos em contas de empresas de Marcos Valério, chegou a cogitar sair da vida pública, mas analisa a possibilidade de se lançar candidato no ano que vem.

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