postado em 03/08/2009 17:17
A crise no Senado não será resolvida com a saída de José Sarney (PMDB-AP) da presidência da Casa, disse nesta segunda-feira (3) o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RO). ;Não temos que sacrificar o presidente Sarney. A solução para a crise do Senado não é o sacrifício dele nem de ninguém, mas a mudança de procedimentos.; Sarney está sendo pressionado a deixar o cargo por parlamentares oposicionistas e até alguns da base aliada do governo.No retorno dos trabalhos legislativos, Juca tentou amenizar o clima tenso entre PMDB e PSDB após os tucanos terem apresentarem três representações contra Sarney no Conselho de Ética do Senado. Para ele, não se pode radicalizar nem transformar a crise em ;bate-bate;. ;Temos que ter maturidade política e acalmar os ânimos.;
Em relação à nota do PMDB, divulgada neste domingo (2), na qual a sigla afirma que os dissidentes podem deixar a legenda o quanto antes, Jucá disse que é preciso separar as questões partidárias e a crise no Senado.
;Cada um trabalha em seu estilho e tem sua circunstância política. Tem gente que gosta de incendiar, outros de ser bombeiro, tem gente que surfa na crise e os que desaparecem. Temos que ter tranquilidade e, apesar dos estilos, preservar a Casa, independentemente das opiniões políticas de cada um;, argumentou.
Na nota, o PMDB afirma que o partido ganhará com a saída dos descontentes. ;O PMDB acata com humildade o descontentamento de alguns poucos integrantes que perderam espaço político e apostaram na fama efêmera oriunda de acusações vazias. E faz isso porque acredita piamente na democracia. A estes, o recado: podem deixar a legenda o quanto antes sem risco algum de perder o mandato. Ganharão eles, porque deixarão de pertencer ao partido do qual falam tão mal, e ganhará o PMDB, por tornar-se ainda mais coeso e musculoso;, diz um trecho da nota.
Apesar de não citar nomes, o documento foi endereçado aos senadores Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE). Simon reagiu à nota e disse que não pretende deixar o partido.