postado em 05/08/2009 14:22
O presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque (PMDB-RJ), questionou nesta quarta-feira a representação apresentada pelo PMDB contra o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). A assessoria do PMDB informou que a documentação foi entregue na noite de ontem ao gabinete de Duque. Mas o chefe de gabinete do peemedebista, Zacheu Barbosa Teles, afirmou que o procedimento não é adequado, já que deve ser entregue à secretaria do Conselho de Ética.
O PMDB deve entregar uma nova representação à secretaria na tarde de hoje (5/8). Assinada pela presidente em exercício do partido, deputada Íris de Araújo (GO), a denúncia do PMDB questiona o fato de o tucano ter mantido por 18 meses o pagamento de um servidor de seu gabinete que estava estudando na Espanha. A representação é uma resposta do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), à movimentação de Virgílio, que pressionou o PSDB a transformar suas denúncias contra Sarney em representações, aumentando para 11 as acusações contra o presidente do Senado. Renan afirma que a situação de Virgílio é mais delicada porque ele confessou em plenário a irregularidade.
[SAIBAMAIS] A medida não surpreende o tucano, que anunciou que vai devolver mais de R$ 210 mil aos cofres da Casa como ressarcimento às despesas desse assessor que continuou recebendo vencimentos mesmo estando na Europa. O senador depositou R$ 60.696,58 na semana passada e ainda vai pagar três parcelas de R$ 50 mil. O valor total a ser pago, segundo a diretora de Recursos Humanos, Doris Peixoto, é de R$ 210.696,58. "Encontramos uma fórmula segura de corrigir isso. Vou devolver o dinheiro e sair disso sem dever um tostão", disse o senador. Virgílio vendeu um terreno de sua mulher para pagar a primeira parcela e, segundo ele, o dinheiro deve garantir o pagamento de outras duas parcelas. O ressarcimento da última parte deve ser feito com o ganho na venda de um carro.