Politica

Base governista está unida para blindar CPI da Petrobras contra crise no Senado

postado em 06/08/2009 10:26
A base governista no Senado, maioria na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, vai para a primeira reunião pronta para blindar os trabalhos de qualquer efeito da crise pela qual passa a instituição. Na noite de ontem (5/8), o líder do governo no Senado e relator da CPI, Romero Jucá (PMDB-RR), se reuniu com todos os senadores governistas, na residência do petebista Gim Argello (DF) para afinar o discurso e apresentar seu plano de trabalho. "A CPI está muito bem estruturada. Ontem tivemos uma reunião, aqui em casa, com todos os membros da comissão da base aliada, que está mais unida do que nunca", informou o vice-líder do governo, Gim Argello, à Agência Brasil. Ele não acredita que o fato de o presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), ter arquivado quatro pedidos de abertura de processos contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), possa contaminar as investigações conduzidas pela CPI. "Governo é governo, oposição é oposição", resumiu o parlamentar. [SAIBAMAIS] O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, tem opinião semelhante. Segundo ele, "os senadores têm responsabilidades com o Brasil. Tenho certeza que os senadores farão um bom trabalho", disse. Múcio acrescentou que o governo trabalha com os aliados a fim de que as investigações da comissão não atrapalhem o andamento da estatal. O ministro disse ainda que a expectativa é que os trabalhos da CPI sirvam para esclarecer à sociedade todas as dúvidas sobre a Petrobras. O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), também afastou qualquer possibilidade de a crise da instituição influenciar na as atividades da comissão. O peemedebista ressaltou que a CPI tem curso próprio. E destacou: "A questão do Senado não tem fato novo. Quem é de um lado continua e permanecem as divisões no PT, DEM e no PMDB". Na própria oposição parece não existir qualquer interesse em vincular um assunto a outro. O líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), já representado no Conselho de Ética pelos peemedebistas, espera que a crise não interfira no andamento investigações da CPI. "Eu espero que não contamine. Tem que separar as coisas", disse.

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