postado em 06/08/2009 18:43
Logo após o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), ter lido em plenário a representação que o seu partido apresentou hoje no Conselho de Ética contra o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), o senador tucano voltou à tribuna para contra-atacar Calheiros. No requerimento, o peemedebista pediu ao Conselho de Ética a cassação do mandato do líder tucano, acusando-o de ter mantido um funcionário fantasma no gabinete, ter extrapolado o limite de plano de saúde parlamentar e ter recebido um empréstimo do ex-diretor do Senado Agaciel Maia. Virgílio leu diversas reportagens nas quais são apontadas supostas irregularidades cometidas por Calheiros.
O líder tucano também sugeriu que o peemedebista pode ter se "desvirtuado", pois, segundo o senador tucano, os dois nunca receberam rendimentos diferentes, durante a carreira política. "Vossa Excelência não pode ser mais rico que eu. A não ser que o senhor tenha se desvirtuado. O senhor nunca ganhou mais do que eu", disse. Virgílio ironizou ainda declaração feita há alguns dias pelo senador alagoano, que disse que Virgílio era cada vez menos um caso de política e cada vez mais um caso de psiquiatria. "O senhor me diagnostica como precisando de psiquiatra. Vossa Excelência está na vida pública, mas revela uma vocação para medicina invejável", ironizou.
Virgílio admitiu ter cometido irregularidade no caso do funcionário, mas garantiu estar "estornando" o dinheiro ao Senado, usando o mesmo termo utilizado por Sarney para explicar a devolução do auxílio-moradia aos cofres públicos.