Politica

Mercadante: apelo de Tasso pode ser 'marco' no Senado

postado em 11/08/2009 20:36
O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), disse que o discurso feito hoje pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) apelando aos senadores para que promovam a conciliação pode ser um "marco" para que os senadores "reconstruam as condições de diálogo" na Casa. O Senado vive há semanas momentos tumultuados por causa da crise em torno do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), alvo de denúncias de envolvimento em irregularidades. "Eu acho que a (iniciativa de pedir) desculpa, na realidade, o Senado deve ao Brasil por todos os erros que foram cometidos nesta Casa. E essa atitude de hoje, seguramente, ajuda a construir um caminho para que a gente encontre uma solução política para essa grave crise que vive a instituição", afirmou o líder petista. Tasso Jereissati discursou hoje da tribuna do Senado. Ele pediu desculpas pelo episódio da semana passada quando bateu boca com o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (PMDB-AP), e o chamou de "cangaceiro de terceira categoria", após ter sido chamado pelo senador alagoano de "coronel de merda". "Tenho certeza de que aquele episódio foi superado e de que vamos conseguir recuperar o diálogo nesta Casa", disse outro senador - José Agripino (DEM-RN). O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), criticou o episódio no qual Jereissati e Calheiros discutiram em plenário, mas afirmou que o senador tucano só xingou o líder do PMDB porque "foi provocado". Vasconcelos disse também que os senadores precisam esfriar o tom dos discursos, pois a briga partidária entre PMDB e PSDB em torno da crise está "paralisando" o Senado. "Ou nós partimos para paralisar os trabalhos nesta Casa, ou nós não vamos chegar aqui à situação de coisa nenhuma. Ao contrário, (a crise) pode se agravar, gente levar tiro aqui dentro, ou nos corredores, gente levar tiro aqui dentro, na tribuna, ou fora da tribuna, ou nos corredores", alertou o senador pernambucano. Jarbas fez questão de ressaltar que fala por si, e não pelo seu partido, o PMDB. Apesar de ser filiado ao PMDB, ele é um dos senadores que defendem a saída de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado.

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