Politica

Começa operação de busca no Araguaia

postado em 12/08/2009 09:35
Geólogos das universidades de Brasília e do Ceará começaram ontem a rastrear o solo da antiga base militar da Casa Azul, em Marabá, em busca de ossadas de integrantes da Guerrilha do Araguaia, movimento armado contra a ditadura (1972-1975). As escavações, que devem ocorrer a partir de amanhã, incluem nesta primeira fase o sítio Tabocão, em São Domingos do Araguaia, o antigo garimpo do Matrinxã e a Clareira Cabo Rosa, em Brejo Grande. Esses locais - apontados como áreas de fuzilamento nas reportagens divulgadas em junho e julho pelo jornal O Estado de S. Paulo - não estavam na lista inicial de pontos que seriam analisados pela expedição montada pelo Ministério da Defesa para buscar corpos, com exceção da Casa Azul.

A decisão do grupo de priorizar essas áreas foi tomada após análise de depoimentos de ex-guias do Exército e moradores. Responsável pela logística da expedição, o general Mário Lúcio Araújo, da 23; Brigada de Infantaria de Selva, elogiou o trabalho da Associação dos Torturados na Guerrilha do Araguaia, que atua em parceria com os militares. Ele avaliou que as informações [SAIBAMAIS] recolhidas pela entidade "agregaram valor" ao trabalho de localização de corpos de guerrilheiros. Dos 14 pontos previstos originalmente para escavações, sete foram provisoriamente abandonados.

Até o final de outubro, início das chuvas na Amazônia, o grupo de especialistas ainda rastreará com dois radares do tipo GPR os solos das antigas bases da Bacaba e de Xambioá, a fazenda Grota Fria, a região de Dois Coqueiros, a Base Cabo Rosa e a Reserva Indígena Sororó. Não está descartada a inclusão de novas áreas de buscas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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