postado em 13/08/2009 16:20
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, ao comentar a crise que atinge o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e a instituição, que a Casa está priorizando assuntos secundários. "O Senado estão priorizando coisas secundárias e deixando de lado o que é prioritário. Qualquer denúncia deve ter um processo de investigação e, depois, ver se haverá ou não punição. As denúncias não podem ser a única razão de ser dos parlamentares." Lula voltou a criticar as recentes discussões entre senadores no plenário da Casa Legislativa e afirmar que o nível do debate está abaixo da média.
"O baixo nível das discussões só empobrecem o Legislativo, só deixa o povo desmotivado. Vamos investigar, mas continuar trabalhando. O Senado está perdendo muito tempo, eu gostaria que eles fizessem uma reflexão sobre isso." Os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Renan Calheiros (PMDB-AL) trocaram acusações recentemente depois que o peemedebista leu no plenário da Casa uma série de acusações contra o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM).
No auge da discussão, Renan teria afirmado fora dos microfones que Tasso é um "coronel de merda". O tucano, por sua vez, disse que Renan é um "cangaceiro de terceira categoria".
Pedro Simon (PMDB-RS) e Fernando Collor de Mello (PTB-AL) também bateram boca no plenário. O embate teve início depois que Simon defendeu o afastamento do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), da presidência do Senado.
"Não aceito que o senhor fale dessa forma de um ex-presidente [Sarney] que governou o Brasil e cumpriu com grandeza e maestria todo o seu mandato. Está sendo vitimado por acusações de todas as naturezas. Sei o que é isso porque passei por isso em escala maior, e sei como tudo isso é forjado", disse Collor.
O petebista também reagiu depois que Simon mencionou a ligação do ex-presidente com Renan. Na ocasião, Collor prometeu "relembrar momentos bastante incômodos" para Simon se o peemedebista insistir em mencionar seu nome publicamente.
No acalorado debate em plenário, Collor chegou a pedir que o peemedebista engolisse suas palavras antes de mencionar o seu nome.
"São palavras que não aceito sobre mim e minhas relações políticas. São palavras que eu quero que o senhor as engula e as digira como achar conveniente. As minhas relações com o senador Renan Calheiros são relações conhecidas, são relações das quais em nenhum momento eu me arrependi. Estivemos distantes em alguns momentos, estamos juntos em outros momentos", afirmou.