postado em 14/08/2009 09:37
Uma revisão na cota de emendas parlamentares a serem liberadas ainda neste ano instalou um princípio de rebelião na base de sustentação do governador José Serra (PSDB), na Assembleia Legislativa de São Paulo. Com a crise econômica, a gestão tucana já não garante o pagamento de R$ 3 milhões em emendas por deputado em suas bases eleitorais, mas R$ 2 milhões, o mesmo valor de 2008. Diante da redução, às vésperas de um ano eleitoral, alguns deputados defendem boicote a votações de projetos do Executivo neste segundo semestre.Na terça-feira pela manhã, líderes dos partidos governistas se reuniram com o líder do governo, Vaz de Lima (PSDB), e expuseram a insatisfação. O encontro foi no gabinete do líder do DEM, Estevam Galvão, e teve discursos inflamados. Pelo menos dois presentes defenderam suspender a aprovação de projetos até que o governo volte atrás. Serra tem um apoio amplo na Casa, de 12 dos 15 partidos - mais de 70 dos 94 deputados.
O aviso de que a cota poderia ser reduzida veio pouco antes do início do recesso parlamentar, em junho. Mas foi na semana passada, com a volta aos trabalhos, que o movimento dos descontentes ganhou força. Segundo os deputados, o governo pediu para que eles priorizassem as emendas mais emergenciais, no limite de R$ 2 milhões. O restante viria ;mais para frente;, segundo um deputado com base no interior.
O secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, disse que o governo só tem como garantir a liberação de R$ 2 milhões por deputado. ;O resto dependerá de como ficar a arrecadação. O que está no Orçamento, que são R$ 2 milhões, vamos honrar.; As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.