postado em 25/08/2009 17:55
O secretário-Geral da Presidência da República, ministro Luiz Dulci, criticou hoje (25) a tendência que existe no país de não se divulgar "as coisas positivas, priorizando os fatos negativos", ao falar dos resultados alcançados até agora, no engajamento entre o governo e a sociedade civil, em torno dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), meta referendada nas Nações Unidas no princípio da década por quase 200 países.
"O mal tem uma visibilidade enorme no país, enquanto o bem não aparece. Quando se divulga tragédias, assassinatos, acidentes deveria se divulgar também uma série de coisas extraordinárias que estão acontecendo", disse, lembrando que existem 2 milhões de voluntários registrados que dedicam seu tempo livre pela causa dos objetivos do milênio.
Para Luiz Dulci, "o retorno é a satisfação de muitas vezes eles poderem mostrar o sentido da vida, que não será encontrado no consumo desenfreado ou em se colocar a saúde ou a educação como mercadoria". Expor o mal e esconder o bem, significa para o ministro, na verdade, falsear o que ocorre no país, por isso, segundo reclama, quem assiste à programação dos meios de comunicação "fica com uma percepção falsa da realidade".
Segundo o secretário-geral da Presidência da República, a criação do Prêmio ODM pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vai entrar na terceira edição, ajudará a dar mais visibilidade e a difundir as práticas que possam resultar na obtenção de resultados dentro dos objetivos traçados nas Nações Unidas para o milênio.
Luiz Dulci também destacou o papel da sociedade civil "nos resultados sociais que o país vem alcançando, com estatísticas verdadeiras, mas que ainda não conseguem cobrir todas as regiões". Por isso, defende o engajamento da sociedade civil, que tem nas ONGs "uma participação muito importante".
Para o ministro, o Estado só deve fazer sozinho o que não pode fazer em parceria, porque a sociedade sabe fazer, vive e conhece os problemas. Segundo ele, não se trata de transferir para a sociedade a responsabilidade do Estado, mas de %u201Caproveitar uma energia extraordinária que é a co-responsabilidade da sociedade civil somando força com as políticas públicas".
Luiz Dulci participou hoje do Seminário Nacional da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Banco do Brasil, no Centro Cultural da CEF, em Brasília.