postado em 27/08/2009 18:31
O advogado do ex-ministro da Fazenda e deputado federal Antonio Palocci (PT-SP), José Roberto Batocchio, afirmou, há pouco, durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) de processo no qual seu cliente é acusado pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que a disparidade social e econômica existente entre Palocci e o caseiro não pode ser levada em conta no caso.
%u201CO poderoso contra o humilde fascina a imprensa. Davi contra Golias. Mas o poderoso também merece Justiça", argumentou o advogado, em sua sustentação oral.
Batocchio reafirmou que o ex-ministro %u201Cnão teve nada a ver com a impressão desse extrato [bancário do caseiro entregue a ele pelo ex- presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso]%u201D.
O advogado ainda fez insinuações irônicas ao suposto envolvimento da Polícia Federal na violação e divulgação dos dados do caseiro, ao se referir a uma %u201Ccerteza%u201D de que a PF nunca fez grampo, quebrou sigilos, nem vazou informações no Brasil.
Também foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) no processo o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e o jornalista Marcelo Netto, ex-assessor de imprensa do Ministério da Fazenda. Mattoso, segundo o MPF, reportou ao ex-ministro uma movimentação atípica na conta bancária do caseiro e Netto foi responsável pelo vazamentos dos dados bancários de Francenildo para a revista Época.
A defesa de Marcelo Netto disse que ele foi escolhido como %u201Cbode expiatório%u201D e a de Mattoso assinalou que o ex-presidente da Caixa, em momento algum, de envolveu no vazamento dos dados do caseiro para a imprensa.