postado em 01/09/2009 21:22
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu hoje (1º) em defesa do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, insistentemente vaiado em ato público de formatura do programa Primeiros Passos, de capacitação profissional para beneficiários do Bolsa Família.
Antes de iniciar o seu discurso, Lula criticou a atitude de um grupo de manifestantes ligados à União Nacional dos Estudantes (UNE), que estava nas arquibancadas do Ginásio do Maracanazinho.
%u201CNão é politicamente correto, não é socialmente correto, a gente vir para um ato público em que as pessoas mais pobres deste país estão tendo uma pequena oportunidade de receber o seu diploma de uma profissão e companheiros, por divergências políticas, vir vaiar alguém em uma solenidade como esta", disse.
Boa parte dos manifestantes era de Nova Iguaçu, cidade governada pelo prefeito Lindberg Farias (PT), que também participava do evento. O prefeito de Nova Iguaçu pretende disputar o cargo de governador do estado nas próximas eleições, e deverá ter o atual governador, Sérgio Cabral, como adversário.
Lula fez um discurso emotivo e lembrou a infância pobre, quando tinha de vender laranjas na rua para ajudar a família. Disse aos recém-formados que só uma profissão pode garantir dignidade ao trabalhador.
O presidente falou ainda que conhecia gente famosa, como presidentes e artistas, mas que o seu maior prazer era encontrar com o povo brasileiro, %u201Cque passa o que passei%u201D. Lula pediu que, nas próximas eleições, as pessoas votassem em candidatos que governem mais com o sentimento do que com a cabeça.
%u201CAno que vem tem eleição. É hora do povo brasileiro levantar a cabeça e dizer: agora nós temos que colocar gente lá que, pelos menos, tenha sentimento, que governe um pouco com o coração. Porque apenas com a cabeça a gente não consegue tratar daqueles que ficaram para trás, desesperados, durante décadas de esquecimento%u201D, afirmou.
O programa Primeiros Passos qualificou 2 mil pessoas, a maioria jovens e mulheres, em profissões básicas, ligadas ao turismo e à construção civil. Em todo o país, até o fim do ano serão formadas 172,5 mil pessoas.