Estado de Minas
postado em 02/09/2009 09:13
Senadores da base governista e da oposição reconheceram nessa terça-feira (1;/9) que a reforma eleitoral em discussão no Congresso será insuficiente para modificar as regras para a disputa de 2010. Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), o Senado não pode enganar a opinião pública ao omitir que vai aprovar somente mudanças superficiais na lei eleitoral.;Essa reforma, do jeito que está, é insuficiente. Temos o dever de esclarecer a opinião pública sobre o que estamos aprovando e aonde queremos chegar. Não vamos chegar muito longe com essa reforma eleitoral, é uma reforma pífia. A reforma política foi relegada a segundo plano;, afirmou o tucano.
[SAIBAMAIS] O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) criticou o fato de as mudanças na lei eleitoral não incluírem a regulamentação das prévias partidárias ; como deve ocorrer no ano que vem no PSDB para a definição do candidato da legenda à Presidência da República. ;Poderão os pré-candidatos se declararem pré-candidatos? Poderão os meios de comunicação transmitir debates entre os pré-candidatos? Eu considero a questão de grande relevância porque o processo de realização de debates em prévias pode se tornar um processo de grande relevância para a democratização de decisões entre os eleitores interessados;, disse Suplicy.
O parecer da reforma eleitoral não inclui temas como as prévias partidárias, fidelidade aos partidos políticos ou mesmo os chamados votos em lista fechada. Os deputados decidiram enviar ao Senado somente mudanças que tiveram o apoio da maioria da Câmara. Os temas polêmicos foram excluídos da minirreforma eleitoral.
;Aqui não tem reforma política coisa nenhuma. Esse projeto que está aqui é uma autodefesa da Câmara. Dizem até alguns que é com medo do futuro presidente do TSE, que teria uma série de teses para entrar no vazio onde o Congresso não regulamenta há 20 anos;, disse o senador Pedro Simon (PMDB-RS).