Politica

Políticas sociais devem ser mantidas, afirma Lula

Presidente defendeu importância do Bolsa Família no combate à crise econômica

postado em 15/09/2009 14:14
Em discurso para integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o Conselhão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a destacar a importância do Bolsa Família para o combate à crise econômica no país. ;Uma parcela da população que teve acesso ao dinheiro deu sustentabilidade à economia brasileira. Deu confiança ao comércio, e isso nós precisamos fortalecer;, disse o petista.

A reunião com os conselheiros foi realizada para fazer um balanço da situação nacional um ano após o início da crise econômica, além de comemorar o bom resultado do PIB brasileiro. Na última sexta-feira, o IBGE anunciou que o Brasil cresceu 1,3% nos últimos três meses, em relação ao trimestre anterior.

O presidente defendeu ainda a continuidade do programa no próximo governo. ;O que nós vamos fazer com os 12 milhões (de famílias beneficiadas) do Bolsa Família? Construir uma ponte a mais, uma estrada a mais? Isso é mais importante do que levar comida na boca de 12 milhões de pessoas? Não é;, disse Lula. De acordo com o orçamento de 2010,os gastos do programa no próximo ano serão de R$13,11 bilhões, destinados a 12,7 milhões de brasileiros.

Lula afirmou ainda, no discurso, que pretende enviar ainda este ano um projeto de lei com propostas na área social, para que os próximos governantes não reduzam ou simplesmente anulem os programas sociais. ;A quantidade de políticas que nós fizemos, que por todos os indicadores demonstram parte do sucesso desse momento que estamos vivendo, não pode ser destruído.; De acordo com o presidente, a proposta, se for enviada no próximo ano ao Congresso, será chamada de eleitoreira.

O Bolsa Família foi criado em 2003, por meio de Medida Provisória e encaminhada ao Congresso Nacional para votação. No ano seguinte, o programa de assistência social foi transformado em lei. Assim, caso o próximo governante queira cancelar ou diminuir os benefícios do programa, o Legislativo terá que, mais uma vez, referendar a decisão do Executivo.

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