Politica

Assessoria de Marco Maciel esclarece contratação irregular de servidor

postado em 17/09/2009 15:31
A assessoria do senador Marco Maciel (DEM-PE) confirmou hoje (17) que o parlamentar lotou um servidor da gráfica do Senado na liderança do PFL (atual Democratas) em abril de 1991 a pedido do então subchefe de gabinete, Silvio Esteves Coutinho. De acordo com os assessores, à época, Coutinho informou que o servidor, na verdade seu irmão, seria alcoólatra e passava por tratamentos e argumentou que a lotação no gabinete permitiria o acompanhamento do estado de saúde dele. Em dezembro do mesmo ano, de acordo com a assessoria, o irmão de Silvio Coutinho foi preso por latrocínio e cumpriu pena de dois anos no Presídio da Papuda, em Brasília. O então subchefe de gabinete, sem o conhecimento do Senado e de Marco Maciel, segundo os assessores, falsificou a folha de ponto do irmão, o que lhe garantiu, por meio de procuração, receber o salário do servidor no período em que ele esteve preso na Papuda. Os assessores informaram que toda a história só se tornou pública pela Justiça em março de 1996 quando Marco Maciel já ocupava o cargo de vice-presidente da República. Coube ao seu suplente no Senado, Joel de Hollanda, afastar Silvio Coutinho do gabinete. No mesmo ano, foi instalado o primeiro processo disciplinar que se desdobrou em um segundo processo para ressarcimento aos cofres públicos de R$ 219 mil, em valores de 1999, sujeitos à correção monetária e a juros de mora. Hoje, mesmo após responder a dois processos administrativos, um inclusive com a indicação de que deveria ser demitido pelo ato praticado, Silvio Esteves Coutinho permanece no quadro de pessoal do Senado, lotado na Subsecretaria de Anais, informou a assessoria de Maciel. Já o irmão de Coutinho foi aposentado por invalidez após constatada alienação mental, conforme os assessores do parlamentar. Na sessão de ontem (16) do Senado, o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), revelou o caso, sem citar o nome do parlamentar envolvido. O líder do PSDB, Arthur Vigílio Neto (AM), então, cobrou que Renan revelasse o nome do senador, sob "pena de prevaricação".

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