postado em 24/09/2009 15:58
O Movimento Brasil no Clima deflagra no próximo domingo (27), com uma caminhada entre os bairros do Leblon e Leme, no Rio de Janeiro, campanha nacional para pressionar o governo a se comprometer com metas para a redução das emissões de carbono no Brasil.
Definidas em termos quantitativos e verificáveis, essas metas devem marcar a posição do país na Conferência de Copenhague sobre as mudanças climáticas, a ser realizada na capital da Dinamarca. Foi o que defendeu a senadora Marina Silva (PV-AC), nesta quinta-feira (24).
Sob patrocínio da Organização das Nações Unidas (ONU), a conferência acontecerá entre os dias 7 a 19 de dezembro. Para Marina, o Brasil deve se apresentar no evento como protagonista do debate sobre os problemas climáticos no planeta. Na entrevista em que abordou o tema, ao lado do vereador Alfredo Sirkis (PV), do Rio de Janeiro, Marina salientou, no entanto, que a posição do país deve ser construída com a sociedade, não podendo ser apenas de governo. Para discussão, o PV defende que o Brasil assuma metade das metas que sejam acordadas para os países desenvolvidos do Hemisfério Norte para a redução das emissões de carbono.
Marina disse que a reversão do problema climático é responsabilidade de todos os países, mas as metas devem ser diferenciadas, refletindo a contribuição histórica das nações desenvolvidas para o aquecimento global. Assinalou, no entanto, que os emergentes não podem deixar de fazer sua parte, mesmo que tenham tido menor responsabilidade.
Do contrário, observou, será impossível alcançar a meta para se reduzir em dois graus a temperatura média do planeta até o fim do século. Sirkis informou que os custos de implantação das metas também serão proporcionais, com estimativa de aporte de US$ 330 bilhões para os países ricos industrializados.
Até dezembro, as caminhadas promovidas pelo Movimento Brasil no Clima devem acontecer em todas as capitais, assim como em grandes e médias cidades de todo o país.