Politica

Lula defende combate à prática anticompetitiva como forma de reduzir custo de obra pública

postado em 08/10/2009 21:29
Ao participar nesta quinta-feira (8/10) de evento que marca o Dia Nacional de Combate aos Cartéis, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o combate à prática anticompetitiva para redução dos custos de obras públicas. Ele destacou a atuação do Ministério da Justiça na busca por impedir a formação de cartel em licitações públicas. "A quantidade de obras que estamos fazendo, em uma livre concorrência, a gente pode, ter de cara, uma economia de uns 10%, 11%. Permitirá igualmente garantir a qualidade dos produtos e serviços ofertados", afirmou Lula, ao lado do ministro da Justiça, Tarso Genro, na cerimônia realizada na sede do ministério. [SAIBAMAIS]O presidente cobrou também a aprovação, no Senado, do projeto de lei que conclui a implementação do sistema brasileiro de defesa da concorrência. Lula afirmou que o cartel é organizado por pessoas de alto poder aquisitivo. "O cidadão que pratica cartel não tem cara de bandido. É uma pessoa que, você olhando a fisionomia dele, pensa que está diante do maior defensor do livre comércio, de gente do bem. Não tem cara de malandro", disse. De acordo com o Ministério da Justiça, 34 executivos já foram condenados criminalmente pela prática no país desde 2003. Atualmente, cerca de 100 deles são investigados. Ainda sob o impacto da escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016, o presidente disse que ficou com "dó" do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e do primeiro-ministro da Espanha, José Luiz Zapatero, pela derrota. O Rio venceu as concorrentes Chicago e Madri, além da capital japonesa, Tóquio. "Confesso a vocês que depois da vitória, fiquei com dó do Obama e do Zapatero. Quando você ganha de um amigo, você sempre fica chateado. Mas eles não deveriam ganhar, tinha que ser o Brasil", disse, na cerimônia.

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