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Impeachment contra Yeda Crusius deve ser votado em plenário na próxima semana

postado em 09/10/2009 19:03
Com 16 votos de deputados governistas, o pedido de impeachment contra a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), foi arquivado na comissão especial criada na Assembleia Legislativa para analisar o caso. Agora o pedido terá que ser votado em plenário, o que pode ocorrer na próxima semana. No entanto, a governadora tem reais chances de arquivar de vez o pedido de investigações. A base de apoio do governo estadual tem 34 deputados, contra 21 da oposição.

Não houve voto contrário ao arquivamento proposto no relatório elaborado pela deputada Zilá Breitenbach, do mesmo partido da governadora. A votação na comissão ocorreu depois que a bancada oposicionista se retirou da sessão, após questionar a participação do deputado Carlos Gomes, que mudou de partido na comissão.

[SAIBAMAIS]O pedido de impeachment da governadora foi apresentado por funcionários do governo organizados no Fórum de Servidores Públicos. Na semana passada, a oposição denunciou que o governo pagou cerca de R$ 100 mil em material de construção para uma obra particular. Como prova, os opositores da governadora apresentaram o empenhos e despesas autorizadas pela Casa Civil. O endereço de entrega era a casa particular de Yeda Crusius, em Porto Alegre.

O governo admite a compra dos materiais para a casa da governadora. Em nota, considerou a operação ;totalmente legal;, por se tratar da ;aquisição de bens e serviços necessários à habitabilidade do local onde o governador reside".

Yeda Crusius também é acusada pelo Ministério Público Federal (MPF) de liderar um esquema de corrupção envolvendo mais oito pessoas ligadas ao Palácio Piratini, sede do governo gaúcho. Na ação de improbidade administrativa, o grupo é classificado como uma ;organização criminosa; pelo MPF.

Além da governadora, estão citados na ação seu ex-marido, o professor Carlos Crusius, o deputado federal José Otávio Germano, os deputados estaduais Luiz Fernando Záchia (PMDB) e Frederico Antunes (PP), o ex-secretário Delson Martini, a assessora da governadora Walna Vilarins Meneses, o vice-presidente do Banrisul, Rubens Bordini, e o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), João Luiz Vargas.

O Ministério Público Federal sustenta que ;os réus participaram ativamente da prática de expressiva fraude". O desvio, de acordo com a ação, atinge a cifra de R$ 44 milhões.

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