postado em 21/10/2009 19:44
A um ano das eleições, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, evitou criticar os eventuais adversários políticos da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Para ele, é possível planejar uma unidade política. "Eu espero que haja unidade", disse Garcia sugerindo ainda que o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) dispute o governo de São Paulo em vez da sucessão presidencial.
[SAIBAMAIS]"In pectore [no coração, no peito] é uma boa saída [Ciro ser candidato ao governo de São Paulo]. Estou há sete anos afastado da vida política de São Paulo. Sou filiado ao PT de São Paulo, vou estar na eleição interna do PT de São Paulo e tenho amigos lá, mas não conheço a problemática interna [paulista]. Mas acho que seria um excelente candidato, [mas] também tem condições de ser candidato a presidente da República", disse.
Afirmando ser amigo de longa data de Ciro, Garcia elogiou o ex-ministro da Integração Nacional do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Eu tenho pelo Ciro um enorme respeito e que não vem deste governo, eu já o conhecia antes. Teve um comportamento extremamente leal, de grande valia e de grande inteligência. Eu não escondo isso. Eu tenho uma grande admiração por ele", afirmou.
A entrevista completa de Garcia foi concedida ao programa 3 a 1, da TV Brasil, que irá ao ar nesta quarta-feira (21/10), às 23h. O assessor foi entrevistado pelos jornalistas Helena Chagas, diretora de Jornalismo da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), Roberto Maltchik, repórter da TV Brasil, e Eliane Cantanhêde, colunista do jornal Folha de S.Paulo.
Ao ser perguntado sobre uma eventual disputa entre Dilma Rousseff e a ex-ministra do Meio Ambiente e senadora Marina Silva (PV-AC), Garcia optou por associar o perfil da ex-petista e suas supostas afinidades com o governo Lula. "Não quero subestimar a perda da Marina Silva. Entendemos sua saída. Entendemos que ela saiu para fazer de certa maneira uma carreira solo", disse.
"Eu acredito que enquanto pessoa, ela estará muito mais próxima aos projetos do PT do que da oposição. Acho que ela está vivendo um certo drama porque setores da oposição querem cooptá-la para a agenda da oposição, que não é a agenda da Marina. Ela pode ter algumas discrepâncias que são justificáveis em alguns temas", completou.