postado em 21/10/2009 21:16
Um dia depois de a oposição entrar com ação na Justiça Eleitoral contra a visita de autoridades do Executivo às obras do Rio São Francisco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa das viagens realizadas por ele e seus minsitros. Segundo o presidente, elas acontecem porque há obra para ser mostrada e lançada, o que, segundo ele, não ocorria nos governos passados.
[SAIBAMAIS]Em discurso durante a inauguração do projeto BH Digital, Lula afirmou que se deve esperar mais lançamentos de obras durante a sua gestão."Agora desgraçou tudo, os homens estão ficando nervosos porque estamos inaugurando obra. É a primeira vez na vida que vejo alguém ficar nervoso, porque a gente está inaugurando obra. Eu, quando era oposição, ficava nervoso, porque não tinha obra, não tinha escola, estrada, ponte, não tinha nada. O Estado não existia. Agora que estamos começando a visitar para inaugurar estão ficando nervosos", disse Lula, em Belo Horizonte.
O Democratas e o PSDB, partidos da oposição, protocolaram ontem no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) requerimento pedindo que a Justiça Eleitoral apure se a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros às obras do Rio São Francisco, na semana passada, pode ser caracterizada como campanha eleitoral antecipada. Dois possíveis pré-candidatos faziam parte da comitiva: a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, cotada para encabeçar a chapa do PT nas eleições presidenciais de 2010, e o deputado federal Ciro Gomes (PSB).
"Os ministros viajam pelo Brasil afora. Nunca viajaram tanto como viajam hoje. E viajam porque tem trabalho, tem obra, tem realização. Antigamente, não tinha e não precisava viajar. Ficava todo mundo lá em Brasília olhando o tempo passar", completou o presidente.
Lula repetiu que seu sucessor terá de fazer um "esforço incomensurável" para ter mais realizações se comparadas as de seu governo ou "será logo percebido pelo povo que a coisa não anda bem no país".
O projeto BH Digital dá à população de baixa renda acesso à internet em banda larga sem fio, além da conexão de telecentros, escolas municipais, centros de saúde, bibliotecas, centros de cultura e de atendimento ao cidadão, de acordo com informações da Presidência da República. É resultado de uma parceria do Ministério das Comunicações com a prefeitura de Belo Horizonte.