Politica

Ex-ministro do TSE falará sobre financiamento eleitoral em chat do Correio

postado em 11/11/2009 19:48
Às vésperas das eleições de 2010, leitores do Correio Braziliense terão a oportunidade de debater e saber mais sobre o financiamento e as prestações de contas das campanhas. Torquato Jardim, fundador e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral (Ibrade) e, ainda, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), participará de um chat no correiobraziliense.com.br, a partir das 15h desta segunda-feira (16/11).

[SAIBAMAIS]Jardim, que também é colaborador da Organização Não-Governamental (ONG) sueca International Idea - conhecida pela assistência na organização de sistemas eleitorais e realização de eleições em vários países -, participará no mesmo dia de mesa-redonda com jornalistas do Correio.

Hidar Helgesen, secretário-geral da International Idea; Daniel Zovatto, diretor regional da entidade; Carlos Velloso, ex-presidente do STF e ex-ministro do TSE; e Fernando Neves, ex-ministro do TSE, falarão sobre financiamento eleitoral público, privado, misto - em vigor no Brasil - e sobre o problema do financiamento ilícito, com interferência do narcotráfico e da guerrilha. Os desdobramentos do debate poderão ser acompanhados por meio da cobertura do Correio.

DNA
Adiantando alguns aspectos que serão abordados no chat e na mesa redonda, Torquato Jardim disse à reportagem que, dentre os sistemas eleitorais lícitos, não existe um melhor ou pior do que o outro. "Sistema eleitoral é DNA. Cada um tem o seu, cada país teve a sua construção sociológica", afirmou.

De acordo com ele, por ter financiamento misto - público e privado - o modelo brasileiro tem enfrentando problemas de abuso do poder econômico nas campanhas. O abuso do poder político - manipulação de verbas, empregos e licitações - também é uma mazela enfrentada pelo país. Mais recentemente, os brasileiros passaram também a ser vítimas da interferência de facções criminosas no processo eleitoral, em especial no Rio de Janeiro.

Depende dos eleitores
Segundo Jardim, apesar do trabalho feito pela ONG à qual é ligado no sentido de ajudar países a se organizarem para fazer eleições de forma correta e lícita, o comportamento do eleitor é que vai definir a cultura e o corpo político de um país.

"Tivemos aí o mensalão. De todos os deputados envolvidos, só um não foi reeleito, o professor Luizinho, do estado de São Paulo. Há países em que um episódio semelhante destruiria a carreira de um homem públicos. É preciso ver até que ponto a população tem acesso à informação e é sensibilizada por ela", pondera.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação