postado em 15/12/2009 17:29
O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse nesta terça-feira (15) que o governo ;despolitizou; o combate à corrupção e que a Polícia Federal (PF) tem uma postura apartidária e atua ;sem espalhafato;. O ministro acrescentou que outros escândalos, a exemplo do que atinge o governo do Distrito Federal, virão à tona. "Ficou claro que o que se busca são fatos delituosos. A pessoa pode não ser de partido político. Pode ser da oposição, situação, da base, não há essa diferenciação", disse.
Tarso Genro classificou de ;articulações complexas; os esquemas de corrupção desmontados pela PF e admitiu que o escândalo no governo do Distrito Federal é grave. ;Para nós, da Polícia Federal, isso é rotina. Não devo fazer nenhum juízo de culpabilidade, mas são fatos que aparentam ter uma grande gravidade;, disse o ministro.
Ele atribuiu à morosidade do Judiciário a dificuldade em punir os culpados por crimes de corrupção. ;Nosso trabalho vai até a entrega do relatório ao Poder Judiciário. A partir daí, a questão da impunidade não é nossa responsabilidade. Nosso sistema legal foi feito para punir pequenos delinquentes;, criticou.
O ministro da Justiça convocou uma entrevista coletiva para comentar as principais ações de sua pasta desde 2007, quando assumiu o cargo, mas negou tratar-se de uma despedida. Ele explicou que, após uns dias de férias em janeiro, vai acertar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sua saída do ministério para disputar as eleições ao governo do Rio Grande do Sul.
;Ainda não é uma despedida, mas tenho um compromisso com o meu estado em abril;, disse Tarso, em referência ao início do período de desincompatibilização para os candidatos às eleições que ocupem cargos públicos.