postado em 07/01/2010 08:27
Não adiantou o governador Aécio Neves (PSDB) voltar a afirmar que não pretende ser vice na chapa encabeçada pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Representantes dos três partidos que devem se unir em torno do nome único ao Palácio do Planalto em outubro ; tucanos, DEM e PPS(1) ; afirmaram nessa quarta-feira (6/1) que vão continuar tentando convencer Aécio a aceitar o posto. A avaliação é de que uma chapa puro-sangue tende a aumentar as chances de vitória contra a candidata do presidente Lula, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.Ao menos publicamente, o governador mineiro afirma ser contrário a uma chapa que restrinja a possibilidade de coligações. Terça-feira, em Belo Horizonte, Aécio voltou a dizer que a retirada de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto é definitiva e que será agora pré-candidato ao Senado.
[SAIBAMAIS]O prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), afirma que o partido deve tentar convencer Aécio a mudar de opinião. ;Claro que respeitamos a posição do governador, mas para o partido não há dúvida de que seria importante (ter Aécio como vice);, analisa. Outro argumento utilizado pelo tucano é que São Paulo e Minas representam um terço do eleitorado do país. ;É uma força considerável;, pontua.
Colheita
O deputado José Carlos Aleluia (DEM) diz que o momento é de ;paciência; para mostrar ao governador a importância de uma vitória nas eleições de outubro. ;É um ponto de inflexão. É a segunda década do século. Nos últimos oito anos, o Brasil desfrutou do trabalho da década passada. Não houve nada em termos de restruturação. Não podemos continuar com a forma petista de governar que só colheu, não plantou.;
1 - Sem plano B
O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, divulgou nota afirmando que ;a oposição não trabalha, neste momento, com outra hipótese para formar a chapa que disputará a corrida presidencial que não seja José Serra e Aécio Neves. ;Não tem discussão diferente, não existe plano B;. Freire diz que o desejo de ter uma dobradinha entre os dois já foi oficializado pelos três partidos, durante confraternização no fim do ano passado no DF.