Agência France-Presse
postado em 21/01/2010 08:51
Enquanto famílias que vivem no estado de extrema pobreza ficam na fila de espera para receber o apoio financeiro do Bolsa Família, fornecido pelo governo federal, outras como a de um vereador de Machado, no sul de Minas, fazem questão de não esquecer a data de recadastramento do programa e de receber o dinheiro. Durante uma fiscalização feita pela Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Social, representantes do órgão constataram, na sexta-feira, que a esposa de Paulo Sérgio Teodoro (DEM) ; presidente da Câmara dos Vereadores ;-, Márcia Aparecida Passos Teodoro, teria recebido indevidamente cinco parcelas de R$ 66 do benefício. O chefe do Legislativo admitiu que a mulher e os três filhos estavam cadastrados no programa, mas afirmou que nunca teve acesso ao valor fornecido durante o exercício do mandato dele.A versão do presidente da Câmara foi desmentida pelo próprio Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que confirma o pagamento do benefício à família do vereador, a qual recebeu as parcelas nos meses de agosto a dezembro de 2009. Teodoro é funcionário público e trabalha como motorista na prefeitura. Em 2008, foi eleito vereador assumindo o cargo em 1; de janeiro de 2009 e em dezembro do mesmo ano foi nomeado presidente da Câmara. Como vereador, ele recebe R$ 2.668 por mês e ainda R$ 792 pelo cargo de motorista do setor de saúde. Com o salário total de R$ 3.460 mensais, o representante do Legislativo, os três filhos e a esposa dele não se enquadram nos critérios de benefício do programa.