postado em 01/02/2010 14:14
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou com auxiliares que o aumento da aprovação de seu governo, de acordo com pesquisa CNT/Sensus, é motivo para manter o ritmo de trabalho, apesar da crise hipertensiva da última semana. ;Está vendo como a gente está indo bem? A gente tem que continuar trabalhando para subir mais ainda;, comentou com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República. A pesquisa mostra que a avaliação positiva do desempenho pessoal do presidente subiu de 78,9% em novembro do ano passado para 81,7% em janeiro deste ano.Além disso, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à presidência, aparece pela primeira vez em empate técnico com o governador de São Paulo, José Serra, na pesquisa espontânea (em que não é apresentada uma lista de candidatos aos eleitores). A ministra recebeu 9,5% das intenções de voto, enquanto Serra recebeu 9,3%.
A redução de compromissos do presidente foi sugerida por sua equipe após a crise de hipertensão que Lula sofreu na madrugada de quinta-feira, quando a pressão do petista chegou a 18 por 12. Nesta semana, a visita ao estado de São Paulo, por exemplo, foi adiada, mas atividades estão previstas nos estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A partir de agora, pretende-se ;evitar fazer 3, 4 eventos quando ele estiver fora;, segundo afirmou um auxiliar próximo ao presidente. Além disso, serão evitados compromissos em horário avançado, já que independente de compromissos matutinos, Lula tem o costume de acordar muito cedo, por volta das 6h.
;Ele (Lula) está consciente de que precisa se cuidar;, afirma um auxiliar próximo. Segundo um assessor palaciano, Lula deixou de fumar cigarrilhas café creme desde o episódio e mantém o hábito de almoçar no Palácio da Alvorada.
De acordo com o médico oficial do presidente, coronel Cleber Ferreira, a crise hipertensiva do presidente foi resultado de estresse e cansaço, devido à agenda sobrecarregada do petista. Lula tem se dividido entre a agenda como chefe do Executivo e articulador da candidatura da ministra Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto. Mas apesar dos apelos para Lula estar cada vez mais presente na campanha da ministra, a expectativa é que ela tome a dianteira em breve. ;Quem vai fazer campanha de verdade vai ser a Dilma;, justifica uma fonte do Palácio.
A previsão é de que a ministra deixe o cargo no início de abril, prazo limite estabelecido pela justiça eleitoral. O mesmo deve ser feito pela maioria dos ministros que se candidatarem a governos estaduais ou ao Congresso Nacional. O presidente, no entanto, não pretende dissuadir aqueles que decidirem sair antes do prazo, como o ministro da Justiça Tarso Genro, que já anunciou deixar a pasta na segunda quinzena de fevereiro.