Ao discursar durante a inauguração de uma barragem em Goiânia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer que nunca negou recursos para obras em estados governados pela oposição.
;Durante a campanha [eleitoral], espero que as pessoas tenham a decência de reconhecer que esse país teve um torneiro mecânico que tratou a todos igualmente;, afirmou.
Ao falar sobre a paralisação de obras, que, segundo ele, prejudica e encarece os empreendimentos, o presidente defendeu mudanças na Lei de Licitações. ;No Brasil, tem que mudar a Lei de Licitações. Tem que ter toda a rigidez possível para controlar a corrupção, mas também tem que permitir que a obra ande.;
Em resposta ao governador de Goiás, Alcides Rodrigues (PP), e ao prefeito de Goiânia, Íris Rezende (PMDB), que falaram sobre o reconhecimento de Lula e do Brasil no exterior, o presidente disse, em tom bem-humorado: ;É essa a relação que o Brasil estabeleceu com o mundo e é por isso que hoje é respeitado no G-20, no G-8, no G-23, no G-4 [grupos de países]. Cria um ;G; que o Brasil está lá dentro. Não tem país mais preparado para encontrar o ;ponto G; do que o Brasil;.
Diferentemente do que ocorreu em sua última visita a Goiânia, desta vez, ele não fez elogios ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, cujo nome é apontado como provável candidato do PMDB ao governo de Goiás. Lula disse que, na última vez que fez isso, foi um "bafafá danado", pois todos passaram a dizer que ele estava lançando a candidatura de Meirlles.
Em Goiânia, acompanhado de ministros, Lula inaugurou a Barragem João Leite, que deve garantir o abastecimento de água potável até 2025 para 2,5 milhões de pessoas da capital goiana e de cidades vizinhas.