postado em 20/02/2010 12:40
Brasília ; O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o discurso de lançamento da pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff como sua sucessora para afirmar que o Estado deve ter o papel de indutor e regulador na administração do país, mas não descartou a hipótese de estatizações em setores considerados estratégicos. E reforçou que gostaria que Dilma cumprisse dois mandatos.;Dizem que a Dilma é estatizante. Isso não é ruim. É bom. Aquilo que for estratégico, nós não teremos medo de tomar decisões. O Estado não tem que ser gerenciador, pois cria uma aristocracia administrativa. O Estado tem que ser indutor e regulador;, disse. ;E eu quero eleger a Dilma Rousseff presidente da República para que ela tenha autoridade política para um segundo mandato;, completou.
Deixando a questão econômica de lado, o presidente mandou um recado aos partidos da base aliada sobre as disputas regionais. Para Lula, interesses regionais não poderão afetar o projeto nacional que é a eleição de Dilma Rousseff.
;Não podemos permitir que os interesses de uma região possam atrapalhar os interesses nacionais. Se não tiver jeito, o que vai prevalecer é a decisão nacional;, avisou.
O presidente Lula acrescentou que Dilma Rousseff é candidata do mais importante partido de esquerda da América Latina e de uma coalizão de partidos ;muito poderosa;, mas não é ;candidata do Lula;. O presidente negou que pretenda tentar a volta ao poder nas eleições de 2014.
;Rei morto rei posto. O político perverso, não sério, nunca indicaria uma pessoa para ganhar se ele pensasse em voltar. Ele preferiria que ganhasse um adversário.;