postado em 24/02/2010 20:32
Polícia Judiciária da Câmara dos Deputados indicia 67 pessoas por suspeita de fraude. O esquema, que supostamente foi organizado por funcionários da Casa, usava nomes de laranjas para arrecadação de dinheiro.A quadrilha, segundo a investigação, é formada por Francisco José de Araújo Feijão e sua esposa, Abigail Pereira da Silva. O primeiro, foi demitido do gabinete de Sandro Mabel (GO), e Abigail foi demitida do gabinete de Raymundo Veloso. Também é investigado se as assinaturas dos deputados eram falsificadas para que as contratações fossem feitas.
O golpe era feito da seguinte maneira: os funcionários da Câmara procuravam famílias carentes no entorno do DF e ofereciam o pagamento de um benefício social de R$ 100 para cada filho que a família tivesse. Para isso, diversos documentos tinham que ser entregues, inclusive os das crianças.
Com os documentos em mãos, os funcionários abriam contas nas agências da Câmara no nome das vítimas e as registravam como funcionários da casa. Pela fraude, os estelionatários embolsavam os salários dos supostos funcionários, pois ficavam com os cartões e as senhas das contas que foram abertas com o nome das pessoas que foram usadas.
Além disso, os golpistas matriculavam os filhos das vítimas em escolas particulares do DF para poder receber o auxílio-creche pago pela Câmara, no valor de até R$ 647. Para isso, os servidores contavam, segundo a investigação, com a parceria de diretores e proprietários das instituições de ensino, que repassavam notas fiscais comprovando o pagamento da mensalidade em valores maiores do que os reais.
Com informações de Daniela Lima.