Politica

Jobim admite ter sido desatento com documentos da FAB

postado em 02/03/2010 20:42
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, negou nesta terça (2) que a Força Aérea Brasileira (FAB) tenha sonegado documentos sigilosos do período da ditadura militar solicitados pela Casa Civil em 2006. Jobim alegou ;desatenção; aos papéis que, segundo ele, estavam disponíveis desde que o pedido foi feito. ;A FAB não ocultou nada. O que se passou, de minha parte, foi uma desatenção da necessidade de verificá-los;, disse o ministro em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado.

Segundo Jobim, na época em que a Casa Civil solicitou ao Ministério da Defesa os documentos, o então comandante da FAB, o brigadeiro Luiz Carlos Bueno, disse que parte dos papéis havia sido destruída em um incêndio ocorrido no Rio de Janeiro. De acordo com o ministro os papéis que sobraram eram ;notadamente produzidos pelo departamento de inteligência; e com informações muito ;genéricas;, daí sua desatenção.

;Eu não me dei conta quando fui informado. O brigadeiro Juniti Saito me informou que havia documentos que tinham sido classificados pelo comandante Bueno como genéricos. Estávamos preocupados exclusivamente com a queima de documentos;, disse o ministro sobre a documentação que foi enviada somente neste ano para o Arquivo Nacional.

O envio dos papéis, de acordo com Jobim, se deu por causa de uma ;curiosidade; da Procuradoria-Geral da Justiça Militar, que se interessou em verificá-los em 2008.

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