Politica

Aécio Neves recusa convite de Serra para ser vice em uma chapa "puro-sangue" tucana

postado em 04/03/2010 06:00

O governador de São Paulo, o tucano José Serra, convidou, na madrugada desta quinta (4/3), o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), para ser seu vice numa chapa tucana puro-sangue na eleição presidencial de outubro. Pela primeira vez, diante de um convite explícito, Aécio também foi explícito e disse a Serra que não quer ser candidato a vice.

O encontro, em um hotel de Brasília, começou tarde da noite de terça-feira e entrou pela madrugada de quarta. O governador paulista convidou Aécio para ser "parceiro" em uma "chapa café com leite", isto é, numa aliança de Minas com São Paulo.

Depois do convite de Serra, Aécio pediu que se encerrasse ali a conversa sobre essa questão. O mineiro argumentou que esse debate é ruim porque afeta o próprio Serra e admitiu que a eleição será muito dura. "O que posso garantir é o resultado em Minas Gerais", disse Aécio a Serra. "Farei tudo o que for necessário para ajudar. Os resultados vão mostrar o meu empenho."

Campanha
Na tentativa de dar início à criação de uma estrutura física para a campanha presidencial deste ano, o PSDB resolveu centrar as ações em São Paulo, para onde se deslocam semanalmente as principais lideranças do partido. Os tucanos já procuram um imóvel na Avenida Indianópolis, na zona sul da capital, que servirá de sede para o Diretório Nacional tucano, que hoje não conta com estrutura própria no Estado

A ideia é que a casa, que deve ser alugada nas próximas semanas, se torne o futuro comitê central da campanha presidencial do PSDB - embora o governador paulista, José Serra, não tenha ainda se declarado candidato, o partido trabalha com seu nome na disputa. O secretário paulista de Relações Institucionais, José Henrique Reis Lobo, que deixará a pasta no dia 18 para integrar a coordenação da campanha tucana, está à procura do imóvel, que será próximo ao atual Diretório Estadual do partido.

O objetivo é evitar que a estrutura física da campanha presidencial fique dividida em duas cidades, como ocorreu em 2006, com o então candidato Geraldo Alckmin. À época, o ex-governador paulista se dividia entre gravações para os programas de rádio e TV em São Paulo e as discussões com o núcleo político, em Brasília. O projeto já recebeu o aval do presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE).

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