Politica

Geddel e Patrus sob acusação de propaganda eleitoral antecipada

postado em 10/03/2010 08:05
Dois ministros do governo Lula estão na mira da Justiça Eleitoral. Pré-candidatos aos governos de Minas Gerais e Bahia, Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), e Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, respectivamente, são acusados de propaganda eleitoral antecipada. As denúncias foram feitas aos Tribunais Regionais Eleitorais de cada estado. Pelo menos 16 ministros devem deixar o cargo para disputar as eleições. O prazo para desincompatibilização é 31 de março. Até agora, só Tarso Genro, do Ministério da Justiça, saiu do governo.

Contra a vontade do atual governador Jaques Wagner (PT) de manter a aliança com o PMDB no estado, o ministro Geddel resolveu se candidatar. E tem investido na base. Na última segunda-feira, por exemplo, cumpriu agenda na capital baiana. O TRE do estado já registra quatro representações contra o ministro, que ainda não definiu data para deixar o governo. Entre as denúncias da Procuradoria Eleitoral estão a de distribuição de adesivos com a mensagem ;Tô com Geddel; e de um jornal do PMDB com frases como ;Um ministro a serviço da Bahia;. Outdoors também teriam sido espalhados pela capital e pelo interior com fotos do pré-candidato e votos de felicitações. Os procuradores entenderam que, em todos os casos, está se antecipando o debate eleitoral. O MPE pede a suspensão da propaganda.

Em Minas, a juíza da 27; Zona Eleitoral de Belo Horizonte, Mônica Libânio Rocha, determinou a retirada do ar do site: www.queropatrusgovernador. Segundo a decisão, a página da internet desrespeita a Lei n; 9.504/97, que só permite propaganda a partir de 5 de julho. O site autodenominado uma ;rede social criada por militantes do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais para discussão interna, seguindo o calendário partidário; já tem mais de 893 membros. Constam informações sobre a agenda do ministro, fotos, textos publicados e grupos de discussão. Segundo o TRE-MG, uma carta precatória foi enviada à Justiça paulista para que a mesma notifique a empresa responsável pelo site. Os dois ministros foram procurados pela reportagem. Nenhum dos dois retornou as ligações.

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