Ivan Iunes
postado em 21/03/2010 07:00
Na busca pela formação de uma aliança forte em torno da candidatura da ministra Dilma Rousseff à Presidência da República, o PT colocará estados importantes no colo de aliados preferenciais. O PMDB, por exemplo, além do Rio de Janeiro, também pressiona pelo apoio petista ao ministro das Comunicações, Hélio Costa, pré-candidato ao governo de Minas Gerais. O estado é considerado o maior nó do partido, a pouco mais de três meses das eleições.Na corrida pelo Palácio da Liberdade, ainda há nomes dentro do próprio PT, como o do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e o do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel. ;O estado de negociação mais complicada era Minas Gerais, mas há uma possibilidade de consenso;, antecipa o deputado José Eduardo Cardozo, secretário-geral do PT.
Em outros estados, a legenda deve resistir à pressão peemedebista, como na Bahia e no Pará, onde, respectivamente, os governadores Jaques Wagner e Ana Júlia Carepa tentarão se reeleger. Os estados eram reivindicados pelo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima e pelo deputado federal Jader Barbalho, ambos do PMDB.
O maior partido da base governista também tem boas chances de indicar o candidato a vice no DF. A cabeça de chapa será petista e vai ser disputada neste domingo pelo deputado federal Geraldo Magela e o ex-ministro do Esporte Agnelo Queiroz. No Maranhão, o deputado federal Flávio Dino (PCdoB) corre por fora na disputa pelo apoio do PT e pode acabar desistindo da candidatura ao governo. A favorita é a governadora Roseana Sarney (PMDB), que tentaria a reeleição.
Outra disputa entre aliados pelo apoio petista deve ser travada no Amazonas. O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), é candidato declarado ao governo há quatro anos. O obstáculo para as pretensões de Nascimento é o atual vice-governador, Omar Aziz (PMDB), que assumirá o comando do estado a partir de 1; de abril, em substituição ao titular, Eduardo Braga (PMDB), que deve tentar uma cadeira no Senado. Aziz pretende se manter no governo em 2011.