postado em 24/03/2010 08:50
O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) e seu filho, Flávio, decidiram processar o promotor distrital de Nova York Robert Morgenthau. O norte-americano acusou o político brasileiro de usar bancos da cidade para esconder recursos desviados, que depois passaram por contas nas Ilhas Jersey e na Suíça para só então entrar no caixa da Eucatex, empresa que pertence à família Maluf.;De uma maneira arbitrária e não condizente com o que rege o direito internacional, um promotor distrital de Nova York decidiu acusar cidadão brasileiro, membro do Congresso, de supostos fatos que, por absurdo, teriam ocorrido no Brasil, com o fim de serem julgados pela Corte Americana, inclusive emitindo ilegalmente um alerta vermelho para a Interpol;, diz Maluf em nota divulgada ontem.
A Interpol ; uma organização internacional de policias criminais ; colocou o deputado e seu filho na difusão vermelha a pedido da Justiça de Nova York, o que, na prática, impede que o ex-prefeito de São Paulo deixe o país e passe por qualquer um dos 188 países que são signatários da organização. Segundo o promotor Silvio Marques, do Ministério Público Estadual de São Paulo, o Grande Júri de Nova York, que já tinha indiciado Maluf em 2007 pelos crimes de transferência de recursos de origem ilícita e roubo de fundos públicos, pediu a inclusão do deputado na ;lista vermelha; no fim do ano passado.
A defesa de Paulo e Flávio Maluf afirma que as acusações feitas pelos promotores distritais americanos ainda não foram julgadas por nenhuma instância do Poder Judiciário daquele país. ;Paulo e Flávio Maluf contrataram advogados americanos para processar o promotor, com o propósito de imediatamente interromper a ilegalidade perpetrada contra a família, encerrando-se essa ação ilegal, descabida e intempestiva, baixando-se inclusive o alerta vermelho da Interpol.;