Politica

PMDB está cada vez mais perto do PDT

Estado de Minas
postado em 26/04/2010 12:02
Enquanto os postulantes à pré-candidatura do PT na disputa pelo governo do estado - o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, e o ex-ministro do Desenvolvimento e Combate à Fome Patrus Ananias - tentam conquistar o maior número de votos entre a militância do partido a uma semana das prévias internas, o PMDB desponta na articulação de sua chapa majoritária.

Segundo fontes do PMDB, o partido estaria em negociações bastante avançadas com o PDT e o PR para uma composição em Minas. A estratégia dos peemedebistas seria dar ao PDT a vaga de vice do pré-candidato Hélio Costa, ex-ministro das Comunicações. Os nomes mais cotados nos bastidores para o posto são os do deputado federal Mário Heringer, que trabalha pela reeleição na Câmara dos Deputados, e do deputado estadual Zezé Perrella. Ao PR caberia o senado, vaga postulada pelo presidente do partido em Minas, Clésio Andrade. Integrantes do PDT confirmam que a iniciativa teria o apoio nacional do ministro do Trabalho e presidente de honra da legenda, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

Com a proximidade de formar uma coligação, pode faltar espaço ao PT. O cenário contraria a vontade das direções nacionais do PT e PMDB por um acordo entre as legendas no estado, o que viabilizaria um palanque único e mais forte para a ex-ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, concorrente ao Palácio do Planato do lado petista.

"Essa decisão é deles, que têm uma obrigação maior que a nossa para com a candidata (Dilma) à Presidência. Não vamos forçar nada. Queremos compor muito, mas pode acontecer de, em um determinado momento, termos avançado na composição de chapa e não sobrar espaço na coligação. Cabe ao PT agora decidir seu pré-candidato. Quando eles decidirem, se couber, ótimo", disse o presidente do PMDB-MG, deputado federal Antonio Andrade.

Para o presidente do PT-MG, deputado federal Reginaldo Lopes, é difícil o partido ter uma posição sobre o acordo antes de 23 de maio, data do congresso estadual petista. Isso porque a decisão de ceder ou não a cabeça de chapa, segundo Reginaldo, precisa ser submetida aos delegados mineiros. "Será um erro o PT não ter candidato próprio. Defendo o palanque duplo em Minas, mas vou respeitar o que o congresso do PT definir."

Pimentel, que também trabalha na coordenação da campanha de Dilma ao Planalto, defendeu o acordo por um palanque único durante evento organizado por seus apoiadores, ontem, em Venda Nova. "Vamos trabalhar para ter um só (palanque). A hipótese de dois palanques é só se tudo fracassar." O ex-prefeito, no entanto, deixou clara a disposição de continuar na briga pela cabeça de chapa em seu discurso à militância. "Já lançamos muita candidatura para marcar posição. Esse tempo passou. Somos agora o partido do presidente Lula, que teve dois mandatos muito bem avaliados." Ele negou ainda a possibilidade de deixar de concorrer ao governo do estado devido a seu papel na campanha de Dilma: "Eu não quero ser candidato, quero ser governador pelo partido". O pré-candidato Patrus, que teve encontro com militantes em Varginha, não foi localizado pela reportagem.

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