postado em 28/04/2010 18:02
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado do colega venezuelano, Hugo Chaves, que visita nesta quarta-feira (28) o Brasil, respondeu aos que criticam o governo e consideram que o país está ficando ;prepotente; por se envolver na discussão de conflitos internacionais que antes estavam restritos às grandes potências. ;Muita gente não aceita isso com facilidade por que o normal era que fôssemos subordinados a uma grande potência;, afirmou.Lula também criticou os que não aceitam a sua política externa de criar e fortalecer os mecanismos de integração da América do Sul, apoiando vizinhos como a Venezuela e a Bolívia. ;Algumas pessoas no Brasil não acreditavam no Mercosul e queriam a construção da Alca, pessoas que criticaram a criação da Unasul, pessoas que acham que o Brasil está ficando muito prepotente, que está se metendo em conflitos internacionais que até então eram discutidos apenas pelas grandes potências, pessoas que tinha preconceito da nossa relação de amizade;.
O presidente brasileiro aproveitou para lembrar da primeira vez que o perguntaram, ainda durante a campanha eleitoral, sobre a sua opinião em relação a Hugo Chávez, e que o achava uma figura fantástica. ;Não fui crucificado por que não tinha madeira para fazer cruz;, disse Lula afirmando ainda que hoje a Venezuela se transformou em um parceiro ;excepcional; do Brasil e de empresários que antes tinham medo de investir no país.
Após os dois presidentes terem conversado reservadamente por cerca de duas horas, Lula afirmou que a relação do Brasil com a Venezuela é ;irreversível;, e que durante o período em que ele esteve na Presidência essa relação avançou mais do que nos últimos 200 anos. ;É irreversível a relação entre a Venezuela e o Brasil, a importância da Venezuela como um país estratégico, com uma quantidade enorme de matéria-prima com reserva extraordinária de petróleo e gás;.