postado em 04/05/2010 09:40
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu nesta segunda-feira (3/4) a aposta da política externa brasileira no fortalecimento das relações comerciais do país com os membros do Mercosul. Lula destacou que o comércio regional brasileiro foi um dos fatores que possibilitaram o país a superar a crise econômica internacional. Para o presidente, o assunto não deveria ser tratado superficialmente em uma ;gincana de retórica eleitoral;.;O comércio regional não cabe mais no espaço do pequeno preconceito ideológico. Nem pode ser tratado superficialmente em uma gincana de retórica eleitoral;, disse. ;A opção desse governo pela diversificação dos parceiros comerciais, bem como a aposta no fortalecimento do comércio regional com o Mercosul, revelou ser um acerto nas provas cruciais da crise mais dramática, mais vivida pela economia nos últimos anos;, completou. Lula discursou na cerimônia comemorativa dos dez anos do jornal Valor Econômico, em São Paulo.
O presidente da República defendeu ainda a postura brasileira de diversificar os parceiros comerciais de suas pauta de exportações. Para Lula, os países que atrelaram suas economias aos Estados Unidos sucumbiram com a retração norte-americana. ;Quem atrelou seu mercado e seu parque industrial ao livre comércio com os Estados Unidos, como se defendia aqui nos anos 90, sucumbiu dramaticamente sob o peso da contração comercial norte-americana;.
Lula, no entanto, ressalvou que as trocas comerciais brasileiras com os Estados Unidos tiveram forte crescimento nos últimos anos, acima até dos resultados obtidos por países que tinham acordos bilaterais com os EUA. ;O Brasil, no entanto, não descuidou das trocas com os parceiros tradicionais. Não subtraímos. Apenas ampliamos estrategicamente o leque das relações comerciais, como nunca se fez na história da diplomacia brasileira;.
O presidente afirmou ainda que o país deveria, na disputa eleitoral, refletir sobre a transição da condição de economia emergente para a de potência global. "O debate eleitoral que se aproxima deveria ser entendido como uma oportunidade única para se pensar com grandeza a transição de uma economia emergente para a condição de potência global;.