postado em 05/05/2010 16:54
As tentativas de governistas e oposição para se chegar a um acordo com o objetivo de votar as matérias do pré-sal ;avançaram um pouquinho;, afirmou, nesta quarta-feira (5/5), o líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), depois de reunião com o líder do DEM, José Agripino Maia (RN), e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Jucá também reuniu-se, mais tarde, com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para tratar do assunto. A oposição insiste na retirada da urgência dos projetos como condição básica para abrir as negociações. Arthur Virgílio disse que tanto o PSDB quanto o DEM estão dispostos a assumir o ônus com a sociedade de não votar neste semestre o reajuste dos aposentados e o Projeto Ficha Limpa se o governo insistir em manter a urgência dos projetos do pré-sal.
A estratégia, de acordo com o tucano, seria utilizar todos os mecanismos regimentais para obstruir as sessões e evitar a votação das matérias. Como no processo de discussão, cada parlamentar pode pedir a palavra por 10 minutos, DEM e PSDB prorrogariam a sessão ao máximo. Além disso, a oposição conta com a dificuldade que o governo teria de reunir a maioria de sua base para votar o pré-sal. ;Eles terão, além de nós, que lidar com descontentamentos como, por exemplo, das bancadas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo;, disse Virgílio.
O líder do PSDB disse que se, do contrário, prosperar o acordo para votar os projetos do pré-sal ainda neste semestre, o partido poderia se comprometer a fechar questão e evitar que interesses específicos de senadores de sua base pudessem prejudicar as votações.
Na situação atual, o parlamentar disse que todos sairão perdendo. ;Está feio para todo mundo. O governo ficará com um problema porque não votará o pré-sal e nós, porque deixaremos de votar projetos importantes como o ficha limpa e [o reajuste] aposentados;, disse Arthur Virgílio.