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Apesar de denúncias, Tuma Júnior permanecerá no cargo

postado em 11/05/2010 12:33
Brasília - O Ministério da Justiça confirmou que o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior permanecerá no cargo apesar das denúncias de seu envolvimentos com suspeitos de integrar a chamada máfia chinesa. A informação foi confirmada hoje (11) pela assessoria de imprensa do ministério.

Na noite de ontem (10), Tuma Júnior se reuniu com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, encontro que só terminou na madrugada. Na saída, Tuma Júnior sinalizou sua permanência no cargo. "Vamos trabalhar, tem muito ladrão para a gente prender", disse.

Investigações da Polícia Federal interceptaram conversas telefônicas de Tuma Júnior com Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, apontado como um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo.

As investigações fazem parte da Operação Wei Jin, deflagrada em setembro de 2009 que resultou na prisão de Paulo Li e outras 13 pessoas.

Tuma Júnior disse ainda, ao sair da reunião, que está trabalhando contra o crime organizado e que isso ;não tem hora;. ;Eles não descansam, a gente também não pode descansar. Estamos trabalhando."

As denuncia contra Tuma Júnior chegaram ao ministro Luiz Paulo Barreto, de forma superficial, na última sexta-feira (7), quando ele ainda estava em viagem para Buenos Aires. Ontem, o ministro recebeu informações complementares sobre o caso antes de ouvir as explicações do secretário.

Mesmo no cargo, Tuma Júnior terá que se explicar à Comissão de Ética da Presidência da República sobre sua ligação com o chinês, acusado pela Polícia Federal de contrabandear equipamentos eletrônicos. Ontem, sete integrantes da comissão, que tem a atribuição de zelar pelo cumprimento do Código de Conduta Ética por servidores públicos federais, decidiram instaurar um procedimento preliminar de apuração contra o secretário. Após ser notificado, o Tuma Júnior terá cinco dias para responder às perguntas da comissão.

A comissão só vai decidir se abre processo disciplinar contra o secretário depois de avaliar as justificativas do secretário e as informações que deverão ser fornecidas pela Polícia Federal (PF) e pela 3; Vara de Justiça do Estado de São Paulo, que conduziu o inquérito contra Paulo Li.

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