Politica

PMDB, PSDB e PT defendem urgência na aprovação da reforma política

postado em 18/05/2010 18:45
Os representantes do PSDB, PMDB e do PT defenderam hoje (18) urgência na aprovação da reforma política. A defesa foi feita durante palestra no 22; Fórum Nacional, que está sendo realizado no auditório do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse que o Brasil vive uma crise de representatividade, em que 60% dos eleitores não se acham representados por qualquer político no Congresso Nacional. Segundo ele, é preciso que haja prioridade na aprovação de questões como o financiamento público de campanha e a mudança no modelo eleitoral, com a adoção da votação em lista.

Dutra afirmou ainda que os últimos governos fizeram propostas de reformas políticas, mas nenhum deles teve o empenho necessário para que elas fossem aprovadas. ; O próximo governo deveria abordar a reforma como algo prioritário e logo no primeiro ano do governo. A modificação da legislação política e eleitoral está na base para atacarmos um problema vital das instituições do Brasil: a representatividade;, disse.

Para a segunda vice-presidente do PMDB, deputada federal Íris de Araújo (PMDB-GO), a reforma política deve ser encarada ;para valer; e que questões como o financiamento de campanha e uma maior participação da mulher na vida política nacional devem ser resolvidas pela reforma. ; É preciso uma reforma abrangente e incisiva, sob pena de enfrentarmos retrocessos com consequências danosas para a vida nacional;, afirmou.

O ex-vice presidente e ex-secretário-geral do PSDB, Márcio Fortes, defendeu que a reforma política deveria englobar uma redução do número de partidos políticos e a adoção do voto distrital para os parlamentos. Segundo ele, pequenas mudanças já deveriam ser feitas para resolver problemas na representatividade política nacional, mesmo antes da aprovação de uma reforma política.

;A representação parlamentar já poderia ter sido inovada de diversas formas, mesmo sem uma reforma política. Algumas questões chegaram a ser propostas mas não foram levadas adiante, como a cláusula de barreira, a não autorização de coligações para eleições proporcionais e a adoção de novas regras para utilização do tempo no rádio e na TV. Isso tudo poderia contribuir para uma maior legitimidade;, disse Fortes.

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