Igor Silveira
postado em 19/05/2010 07:15
;Quero saudar o PMDB por indicar um político com tantas qualidades;. O afago ao principal partido aliado foi a primeira atitude em público da pré-candidata Dilma Rousseff após a indicação de Michel Temer para a vaga de vice na chapa petista à Presidência da República. A legenda é classificada pela ex-ministra da Casa Civil como parte fundamental de uma aliança estratégica para a governabilidade do governo Lula. Com a aprovação do presidente da Câmara pela executiva do partido, os caciques do PT e PMDB têm, agora, mais argumentos para resolver imbróglios nos palanques de alguns estados, como o Rio Grande do Sul, onde o peemedebista José Fogaça já demonstrou interesse em apoiar José Serra, do PSDB.
;Precisamos ter cautela em relação aos acordos porque cada estado tem uma realidade. Nos próximos dias, acredito que teremos uma demonstração mais apurada de como ficarão as configurações em todo o Brasil;, ressaltou Dilma, durante um encontro com prefeitos do Partido dos Trabalhadores e de legendas da base aliada, na noite de ontem, em Brasília.
Questionada se a escolha de Temer poderia acrescentar mais experiência à sua candidatura, Dilma afirmou que não era uma política tradicional. ;Posso não ter experiência eleitoral, mas a minha experiência administrativa é inquestionável.;
Dilma aproveitou a oportunidade, ainda, para explicar, ao contrário do que teria dito em uma entrevista de rádio, no início dessa semana, que não é a favor da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). ;Eu sou contra o aumento da carga tributária. No entanto, não dá para a área da Saúde perder R$ 40 bilhões sem qualquer contrapartida. O fim da CPMF colocou os brasileiros em uma ;arapuca;;, concluiu.