postado em 22/05/2010 15:05
Atendendo a um pedido da presidenciável Dilma Rousseff, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, decidiram abrir mão de candidaturas à Câmara para se dedicarem exclusivamente à campanha da ex-ministra. Palocci, deputado por São Paulo, já ocupava o cargo de coordenador de campanha. Ministro da Fazenda de Lula entre janeiro de 2003 e março de 2006, Palocci saiu da pasta em meio às suspeitas de ter operado para quebrar o sigilo bancário de Francenildo Santos Costa. O caseiro deu entrevistas em que afirmou ter testemunhado reuniões do ministro com lobistas numa mansão em Ribeirão Preto (SP) onde supostamente ocorriam negociatas. O STF absolveu Palocci da acusação no ano passado.Dutra enfatizou que a boa chance de vitória que teria no pleito de outubro fica em segundo plano diante do projeto presidencial de Dilma. ;Desde que a companheira fez esse pedido, eu e Palocci conversamos muito. Éramos candidatos com perspectivas favoráveis, mas entendemos que era nossa obrigação atender ao pedido da Dilma;, comentou.
Sobre a possibilidade de assumir um ministério caso Dilma vença, Dutra desconversou. ;A minha decisão de desistir da candidatura não tem vinculação com quaisquer promessas para ocupar cargos num futuro governo;, enfatizou. O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), disse que tentou fazê-lo desistir da ideia de não ser candidato. ;Achei que a candidatura dele deveria permanecer;, disse. Dutra comentou, ainda, que até o início da campanha oficial, em 5 de julho, a tendência é que José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff deverão aparecer muito próximos nas pesquisas de intenções de voto.