Politica

Lula diz que presidente não é proibido de fazer campanha e que vai seguir regras eleitorais

postado em 01/06/2010 16:28

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (1;/6) que não é proibido a um presidente fazer campanha política no período eleitoral. A afirmação foi feita em visita à fábrica da Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP), onde participou de reunião com representantes do Sindicato dos Metalúrgicos da Alemanha, da diretoria e do Comitê Mundial dos Trabalhadores da montadora.

;O que eu não quero é fazer nada que possa infringir a legislação eleitoral e isso só me permite fazer campanha depois que forem feitas as convenções partidárias e que os candidatos estiverem oficializados;, disse. Quando perguntado se tomará cuidado no período da campanha, Lula respondeu que havia uma decisão da Justiça Eleitoral e que não era sua intenção criar constrangimento diante do que está determinado. ;Pelo contrário, eu tenho que dar exemplo e quero contribuir para que a questão eleitoral transcorra, no Brasil, com a maior normalidade possível;.

O presidente também comentou sobre a baixa arrecadação registrada no início do ano, o que resultou no corte adicional de R$ 10 bilhões no Orçamento, anunciado na semana passada. Lula disse que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pretendia que o corte fosse maior. ;R$ 10 bilhões é muita coisa, mas eu não brinco com a economia brasileira. Nós chegamos até onde chegamos com muita seriedade. Portanto, se alguém imagina que, porque temos eleições, vamos brincar com a economia, pode tirar o cavalinho da chuva. Iremos manter a seriedade;.

Lula ressaltou que o governo está atento à crise econômica europeia. Na avaliação do presidente, a crise é muito grave e as autoridades estão demorando para tomar atitudes mais severas. ;Mas vamos pedir a Deus para que eles resolvam rápido porque o Brasil precisa de tranquilidade neste momento e queremos que a Europa volte a consumir porque ela é um grande importador dos produtos brasileiros;.

Aos trabalhadores da montadora, o presidente disse que tem a expectativa de que o Brasil, em seis ou sete anos, seja a quinta economia do mundo. Na saída, ele quebrou o protocolo e cumprimentou os trabalhadores, com quem posou para fotografias. Logo em seguida, ele se dirigiu ao Clube Juventus, na Moóca, zona leste da capital paulista, onde entregou diplomas de qualificação profissional a 1.592 beneficiários do Bolsa Família. De lá, partiu para Brasília.

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