postado em 08/06/2010 17:34
O próximo governo precisa definir uma sistemática de reajustes constantes dos benefícios do programa Bolsa Família para garantir o poder aquisitivo da população mais pobre e vulnerável. A recomendação foi apresentada nesta terça-feira (8) pela secretária adjunta de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Teresa Cotta, durante a Segunda Conferência de Desenvolvimento Humano dos Países da América Latina e Caribe, no Rio de Janeiro.A secretária adjunta lembrou que, mesmo se tratando de um benefício de complementação de renda das famílias que recebem até R$ 140 por mês, o Bolsa Família conseguiu tirar 48% das famílias atendidas da linha de extrema pobreza.
;No governo atual, o benefício vem sendo ajustado de acordo com a inflação e com uma reposição de aumento real desde 2006. Mas não existe um procedimento estabelecido para que isso continue sendo feito. O MDS está deixando a mensagem para o próximo governo, seja qual for, sobre a necessidade de criar essa sistemática de reajuste para que os benefícios continuem fazendo diferença na vida dessas famílias;, afirmou.
Para o secretário executivo do MDS, Rômulo Paes de Sousa, o maior desafio atual do sistema de Proteção Social do Brasil é integrar os benefícios assistenciais que existem hoje, como o Bolsa Família, com uma variedade maior de serviços básicos em áreas que vão além da educação e da saúde para atender a população.
;Nós já atingimos uma cobertura excepcional em termos de distribuição de benefícios no caso do Bolsa Família e com o Benefício de Prestação Continuada. A grande questão agora é integrar a rede prestadora de serviços com os beneficiários. Estamos trabalhando internamente, mas também na articulação com outros ministérios, como os da Saúde, da Educação, do Trabalho e do Turismo. Os do Trabalho e do Turismo, por exemplo, apresentaram, em conjunto, uma alternativa de formação de recursos humanos para a área do turismo no Brasil;, disse Rômulo Paes de Sousa.