postado em 12/06/2010 08:14
O tom de alguma sintonia remanescente com o PT, utilizado por Marina Silva durante a convenção do Partido Verde (PV) que ratificou sua candidatura à Presidência da República na última quinta-feira, deve ser colocado em prática no Acre. Justamente no estado em que a ex-petista cresceu e se lançou politicamente, é provável que ela tenha de dividir palanque com a adversária Dilma Rousseff. O racha vem do fato de o PV integrar a Frente Popular, uma aliança composta de 14 partidos, entre eles o PT.Em convenção realizada no mesmo dia em que Marina foi lançada candidata, a Frente Popular decidiu anunciar oficialmente o nome do senador Tião Viana (PT) para disputar o governo do Acre. O PV não indicou ninguém para o cargo. No caso do Senado, os concorrentes serão Jorge Viana (PT) e Edvaldo Magalhães (PCdoB). Apesar do desconforto na questão presidencial, não faltaram referências a Marina durante a convenção da Frente Popular. Um banner da candidata estava exposto em local de destaque bem ao lado de Lula e Dilma.
O governador do Acre, Binho Marques (PT), fez questão de reafirmar o apoio de Marina à Frente Popular no estado. ;Temos apenas uma divergência quanto ao caminho, mesmo concordando com os princípios e os projetos, mas estamos juntos. Se tiver segundo turno para presidente, tenho certeza que vamos caminhar juntos;, destacou. Sem candidato ao governo, o PV garantiu o nome do médico Júlio Eduardo, aliado de Marina, como suplente de Edvaldo Magalhães.
No primeiro dia como presidenciável oficial, Marina Silva foi recepcionada pela pré-candidata ao Senado Heloísa Helena (PSol) em Maceió, onde recebeu título de cidadã honorária, fez discursos e ganhou os afagos da militância, que usava camiseta com a pergunta: ;Eu Marinei, e você?;. Ela reafirmou que levará o meio ambiente como uma das principais bandeiras de campanha e que não fará ataques pessoais aos adversários.