O pré-candidato do PMDB ao governo de Minas, senador Hélio Costa, ofereceu um governo compartilhado ao ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias (PT), para que este aceite ser o candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo peemedebista.
;O modelo de um governo compartilhado quem nos ensinou a fazer foi o presidente Lula, que deu total e absoluto poder ao vice-presidente José Alencar, que é um companheiro inseparável, que está presente em todas as decisões, é ouvido em cada passo que o governo dá;, exemplificou o senador, logo depois de reunir-se com o candidato ao Senado pela aliança PMDB-PT, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, e representantes dos dois partidos, nesta terça-feira.
Patrus Ananias ainda não deu sinais de que responderá ao apelo feito pelo presidente Lula na segunda-feira, em Minas, para aceitar o cargo. Segundo Hélio Costa, Patrus teria condicionado a presença na chapa ao compromisso de uma aliança programática. O senador reiterou que a área social, que é de extrema importância para Patrus, será prioridade em seu governo, se for eleito. Para Hélio Costa, a declaração de Lula de que não vai pedir a Patrus para ceder, apesar de querer ver o ex-ministro na chapa, foi um gesto de carinho e de respeito do presidente à biografia de Patrus. Hélio Costa voltou a dizer que Patrus é o candidato dos sonhos para compor a chapa com ele.
Dilma X Serra
Hélio Costa calcula que a aliança com o PT poderá dar à candidata do PT à Presidência da República, a ex-ministra da Casa Civil Dilma Roussef, uma margem de 2 milhões de votos em Minas à frente dos seus adversários. Para o peemedebista, nem mesmo a popularidade do ex-governador Aécio Neves (PSDB) fará a balança pesar a favor do candidato tucano, o ex-governador de São Paulo, José Serra.
;Toda grande liderança tem capacidade de transferir votos, mas sabemos pelas pesquisas de todos os institutos realizados nas últimas semanas, que o grande eleitor em Minas chama-se Luiz Inácio Lula da Silva;, comemorou.
Já Pimentel previu uma vantagem de até 20 pontos percentuais a favor da aliança PT-PMDB em Minas. Em relação a Patrus, a quem venceu nas prévias do PT, Pimentel foi cauteloso. ;Patrus é uma liderança incontestável. É um companheiro de quem sabemos a garra que tem numa eleição, mas não podemos forçá-lo a tomar uma decisão. Se não vier, temos outros nomes qualificados no PT;, afirmou.