Ivan Iunes
postado em 20/06/2010 09:32
O cabo de guerra que se tornou a disputa pelo palanque de Fernando Gabeira (PV) no Rio de Janeiro entre os presidenciáveis José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) levou à ausência de ambos durante a convenção que aprovou o nome do deputado federal como candidato ao governo fluminense pela aliança PV-PSDB-DEM-PPS. Um providencial atraso dos dois candidatos, que chegaram à convenção quando o evento já havia acabado, evitou o constrangimento de colocar no mesmo evento partidário dois adversários em disputa aberta pelo palanque de Gabeira no Rio.A recusa do candidato verde ao Palácio das Laranjeiras em apoiar Serra já no primeiro turno quase implodiu a aliança no Rio de Janeiro durante a semana. O PSDB chegou a cogitar lançar um nome próprio ao governo local caso o deputado não revisse a decisão de anunciar o voto a Marina. Um armistício entre os aliados foi decidido somente na véspera da convenção. Por isso, o atraso dos presidenciáveis, que haviam anunciado presença na convenção, acabou sendo estratégico para evitar faíscas. Embora Gabeira apoie Marina, a maior parte do palanque reforçará a campanha de Serra. ;Em vez de olhar o que divide, vou olhar o que está unindo o Gabeira. Não é a primeira vez que isso ocorre;, minimizou Marina.
Oficialmente, o tucano declarou ter chegado atrasado à convenção do PV por ter ficado preso no encontro do PTB, em São Paulo. A legenda capitaneada pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson anunciou apoio ao tucano e aproveitou para tentar beliscar o posto de vice na chapa presidencial. O anúncio do nome escolhido ; que pode ser do DEM ;; deve ser feito até o fim da semana. Ao falar para os militantes trabalhistas, Serra criticou o belicismo da corrida eleitoral. ;Nós não tratamos adversários como inimigos, nós tratamos como competidores. Não os encaramos como inimigos que têm de ser destruídos.;